Introversão Intuitiva
Somos quem somos desde que nascemos ou somos fruto de experiências e vivências?
sábado, 12 de novembro de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Adeus!
É interessante a forma como nós, seres humanos, nos relacionamos com a morte. Ela nos espreita diuturnamente, está sempre ao nosso redor. Ainda assim achamos, baseados na nossa prepotência, que essa fatalidade está longe de nós.
A forma como a encaramos está muito atrelada aos valores culturais da sociedade em que crescemos e vivemos. Portanto, as reflexões que faço não são nem pretendem ser uma verdade universal. Muito pelo contrário, estão baseadas na minha experiência de vida e nos contatos que tive com essa senhora e sua foice que, por sinal, não foram muitos.
A primeira sensação que aparece é a de que "isto não pode estar acontecendo". Apesar de saber que a morte é a única certeza da vida, nunca nos preparamos para a morte de alguém que amamos. Enquanto sabemos que a pessoa está viva, nos parece que a morte passa a légua de distância. Mas, quando menos esperamos, ela aparece e leva desse mundo alguém que amamos. Aí se instala o pensamento citado porque não achávamos que isso iria um dia acontecer.
Os sentimentos que se instalam em seguida são muito variados. Alguns se desesperam, outros simplesmente aceitam. As reações são as mais diversas.
O dia seguinte, ao acordar (para aqueles que conseguiram dormir), é, talvez, o dia mais estranho de nossas vidas. Já tive contato com esta senhora por três vezes e, nas três ocasiões, me senti estranho no dia seguinte. A intensidade desta estranheza depende de dois fatores:
Com o passar dos dias só nos resta a alternativa de nos acostumar a uma nova vida, sem a vida que se foi. Esquecer quem se foi, NUNCA. Afinal, de uma certa forma nos marcou com alegrias, tristezas, dissabores, momentos bons, enfim, um conjunto de emoções que devem permanecer para sempre em nossas lembranças.
Como diz a sabedoria popular, o tempo é o melhor remédio e a tudo cura.
A forma como a encaramos está muito atrelada aos valores culturais da sociedade em que crescemos e vivemos. Portanto, as reflexões que faço não são nem pretendem ser uma verdade universal. Muito pelo contrário, estão baseadas na minha experiência de vida e nos contatos que tive com essa senhora e sua foice que, por sinal, não foram muitos.
A primeira sensação que aparece é a de que "isto não pode estar acontecendo". Apesar de saber que a morte é a única certeza da vida, nunca nos preparamos para a morte de alguém que amamos. Enquanto sabemos que a pessoa está viva, nos parece que a morte passa a légua de distância. Mas, quando menos esperamos, ela aparece e leva desse mundo alguém que amamos. Aí se instala o pensamento citado porque não achávamos que isso iria um dia acontecer.
Os sentimentos que se instalam em seguida são muito variados. Alguns se desesperam, outros simplesmente aceitam. As reações são as mais diversas.
O dia seguinte, ao acordar (para aqueles que conseguiram dormir), é, talvez, o dia mais estranho de nossas vidas. Já tive contato com esta senhora por três vezes e, nas três ocasiões, me senti estranho no dia seguinte. A intensidade desta estranheza depende de dois fatores:
- a quantidade de contatos anteriores com a morte: quanto mais contatos, menor se sente estranho;
- a proximidade que se tinha da pessoa que se foi: quanto mais próxima, mais se sente estranho.
Com o passar dos dias só nos resta a alternativa de nos acostumar a uma nova vida, sem a vida que se foi. Esquecer quem se foi, NUNCA. Afinal, de uma certa forma nos marcou com alegrias, tristezas, dissabores, momentos bons, enfim, um conjunto de emoções que devem permanecer para sempre em nossas lembranças.
Como diz a sabedoria popular, o tempo é o melhor remédio e a tudo cura.
domingo, 27 de março de 2011
Ateus atentos: Pesquisa FPA: 63% nunca votariam em ateu; 12%, dif...
Ateus atentos: Pesquisa FPA: 63% nunca votariam em ateu; 12%, dif...: "A Fundação Perseu Abramo divulgou em fevereiro a pesquisa Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado, realizada pelo seu Nú..."
sexta-feira, 25 de março de 2011
Um mundo que todos podem explorar e criar significativas conexões com pessoas e lugares que encontrarem
Você toparia abrir as portas de sua casa e ceder seu sofá para o descanso de um estranho? Um completo desconhecido passando uma temporada em sua casa? Alguém que você nunca sonhou conhecer e, provavalmente, de um país estrangeiro, com uma cultura diferente da sua?
Se você acha isso o extremo do "non sense", talvez tenha chegado a hora de você rever seus conceitos. Pela terceira vez abri as portas da minha casa a uma pessoa desconhecida e hospedei-a por 4 noites.
Antes que comece a me taxar de maluco ou algo que o valha, é bom deixar claro que, apesar de desconhecido, a escolha do hóspede não é aleatória (claro que se você desejar também poderá ser). Mas não vamos colocar os carros na frente dos dois. Vamos "começar pelo começo".
"Quando eu era pequenininho lá em Barbacena", eu tinha um sonho: "quando crescer quero um trabalho que, a cada dois anos, me permita mudar de país". Porém, minhas escolhas (ainda) não me levaram por esse caminho. Mas ainda está lá, incrustrado no meu inconsciente, fazendo força para vir a tona.
Certo dia, num papo-cabeça com uma prima (muito cabeça, por sinal), a respeito da sua viagem pela Europa, ouvi pela primeira vez essa palavra que nunca mais sairá da minha cabeça: CouchSurfing. Para aqueles que não tem intimidade com a Língua da Rainha traduzo:
Couch = sofá
Surfing = surfar
Juntando as idéias: surfe de sofá. Simples assim.
Pois é. Minha digníssima prima me contou que durante sua viagem pela Europa não precisou gastar nenhum centavo com hospedagem. E melhor, conseguiu conhecer as mais diversas pessoas, cada qual com sua particularidade e excentricidade.
Explicando melhor: o CouchSurfing é uma rede social (aff! mais uma. Brasileiro adora...) cuja missão é Criar experiências inspiradoras. É Participar da criação de um mundo melhor, um sofá por vez.
Ele funciona da seguinte forma: após se cadastrar e preencher seu perfil, você pode estabelecer contato com diversas pessoas de mais de 200 países. Durante o preenchimento do perfil, você deve indicar o status do seu sofá:
Sim - você está aceitando hóspedes
Não - no momento, você não está disponível para aceitar hóspedes. Seu nome não aparecerá na lista quando outro usuário procurar por um sofá em sua cidade
Talvez - você pode ou não aceitar hóspedes. Analisará cada solicitação
Café ou bebida - aceita sair para toma um café ou beber algo
Viajando - você está viajando no momento
Se você receber de alguém a solicitação para hospedar alguém, cabe a você definir quais serão as regras em sua casa. A única exigência do CouchSurf é que você o faça de graça. Você não é obrigado a receber todos que lhe enviam solicitação. Você deve ler o perfil de cada pessoa e decidir se aceita receber aquela pessoa ou grupo.
No processo inverso, quando você quer viajar e se hospedar com alguém, você deve ir no buscador do site, digitar a cidade e mais alguns filtros possíveis, tais como a quantidade de pessoas que irão se hospedar. Então você vasculha os perfis que o site te mostra, escolhe os que te agradaram e inspiraram confiança, envia para eles a "solictação de sofá" e aguarda retorno.
Pronto. Simples assim!
Mas você deve estar se perguntando: "Como que terei certeza que a pessoa que virá para minha casa ou para casa quem irei não é uma mala sem alça? Ou como saberei se aquele perfil corresponde a uma pessoa real?" Aí entra em ação as seguranças existentes no site:
1) Ao se hospedar na casa de alguém ou hospedar alguém, você pode deixar um depoimento sobre a pessoa, dizendo se a experiência foi positiva, negativa ou neutra. Claro que quanto mais avaliado com experiências positivas, maior é a possibilidade da sua ser boa. Porém, vale a pena ler os depoimentos pois, como somos todos diferentes, algo que alguém havalia como bom, não necessariamente é bom pra você.
2) Você pode confirmar a sua identidade e o seu endereço. Ao fazê-lo, você está mostrando aos demais usuários que você é real. Para isso, você deverá fazer uma doação no valor mínimo de US$ 25,00 ao projeto via cartão de crédito. A confirmação do débito no cartão, confirma que aquele seu nome é verdadeiro. Após isso, site te enviará um cartão postal com um código. Ao registrar este código, você estará confirmando que o seu endereço é real.
3) Além das opções acima, as pessoas podem ser "atestadas" por outras. Este é um sistema que começou com os fundadores. À medida que iam viajando ou recebendo alguém, eles atestavam que aquele perfil correspondia a uma pessoa real. Cada usuário, ao ser atestado por 5 pessoas diferentes, também passa a ser capaz de atestar outros usuários. E com isso se forma uma corrente onde os próprios usuários vão dando credibilidade aos diversos perfis.
Se você buscar por pessoas que tenham tido experiências positivas, identidade e endereço confirmados e tenham sido atestada por outros, a possibilidade de sua experiência ser ruim é mínima.
Após a explicação de como funciona, vamos às minhas experiências.
Já hospedei em minha casa quatro estrangeiros:
- um casal (americano e comlombiana) que estavam em lua de mel de seis meses pela América do Sul
- um espanhol que veio cursar um período na USP e, após as aulas, resolveu viajar pelo Brasil
- uma americana que estava viajando por seis meses pelo Brasil
Cada experiência foi única e fantástica! A troca que se estabelece é incrível. Todos foram muito simpáticos e educados.
Durante a estadia do casal, nós mostramos Salvador, saímos para jantar, brincamos um dia no carnaval (que não gostaram, por sinal).
O espanhol veio durante as minhas férias. Fizemos um tour a pé do comércio, passando pelo Pelourinho até o Farol da Barra. O melhor de tudo é que nunca havia feito isso antes. O fato dele estar aqui me fez descobrir a cidade de um outro jeito. Ele me deu algumas dicas sobre fotografia, apresentei ele a alguns amigos, conversamos sobre os problemas sociais da Espanha e do Brasil. Nos demos tão bem que o convidei a retornar para o carnaval, o que ele aceitou. Aí já não pude dar tanta atenção, porém ele se virava sozinho.
A americana veio durante um período em que estava trabalhando. Assim, a interação já não foi tanta. Porém, admirei muito a coragem dela de viajar sozinha pelo Brasil. Sem contar que era muito simpática.
Agora, chegou a minha vez de experimentar o papel de viajante. No próximo mês de abril irei com Ju para os Estados Unidos. Passaremos por Miami, Nova York, Seattle e Riverside (próximo a Los Angeles).
Em Miami e Nova York ficaremos hospedados na casa de pessoas que encontramos pelo CouchSurfing.
Em seattle, ficaremos na casa do casal que hospedamos.
E em Riverside ficaremos hospedados na casa de uma "irmã" de intercâmbio (essa é outra história).
Tenho certeza que estas serão mais algumas experiências incríveis que terei para contar, numa próxima postagem.
Um grande abraço.
PS: Se quiser dar uma olhada no meu perfil no Couchsurfing acesse: http://www.couchsurfing.org/people/klebervr/
Se você acha isso o extremo do "non sense", talvez tenha chegado a hora de você rever seus conceitos. Pela terceira vez abri as portas da minha casa a uma pessoa desconhecida e hospedei-a por 4 noites.
Antes que comece a me taxar de maluco ou algo que o valha, é bom deixar claro que, apesar de desconhecido, a escolha do hóspede não é aleatória (claro que se você desejar também poderá ser). Mas não vamos colocar os carros na frente dos dois. Vamos "começar pelo começo".
"Quando eu era pequenininho lá em Barbacena", eu tinha um sonho: "quando crescer quero um trabalho que, a cada dois anos, me permita mudar de país". Porém, minhas escolhas (ainda) não me levaram por esse caminho. Mas ainda está lá, incrustrado no meu inconsciente, fazendo força para vir a tona.
Certo dia, num papo-cabeça com uma prima (muito cabeça, por sinal), a respeito da sua viagem pela Europa, ouvi pela primeira vez essa palavra que nunca mais sairá da minha cabeça: CouchSurfing. Para aqueles que não tem intimidade com a Língua da Rainha traduzo:
Couch = sofá
Surfing = surfar
Juntando as idéias: surfe de sofá. Simples assim.
Pois é. Minha digníssima prima me contou que durante sua viagem pela Europa não precisou gastar nenhum centavo com hospedagem. E melhor, conseguiu conhecer as mais diversas pessoas, cada qual com sua particularidade e excentricidade.
Explicando melhor: o CouchSurfing é uma rede social (aff! mais uma. Brasileiro adora...) cuja missão é Criar experiências inspiradoras. É Participar da criação de um mundo melhor, um sofá por vez.
Ele funciona da seguinte forma: após se cadastrar e preencher seu perfil, você pode estabelecer contato com diversas pessoas de mais de 200 países. Durante o preenchimento do perfil, você deve indicar o status do seu sofá:
Sim - você está aceitando hóspedes
Não - no momento, você não está disponível para aceitar hóspedes. Seu nome não aparecerá na lista quando outro usuário procurar por um sofá em sua cidade
Talvez - você pode ou não aceitar hóspedes. Analisará cada solicitação
Café ou bebida - aceita sair para toma um café ou beber algo
Viajando - você está viajando no momento
Se você receber de alguém a solicitação para hospedar alguém, cabe a você definir quais serão as regras em sua casa. A única exigência do CouchSurf é que você o faça de graça. Você não é obrigado a receber todos que lhe enviam solicitação. Você deve ler o perfil de cada pessoa e decidir se aceita receber aquela pessoa ou grupo.
No processo inverso, quando você quer viajar e se hospedar com alguém, você deve ir no buscador do site, digitar a cidade e mais alguns filtros possíveis, tais como a quantidade de pessoas que irão se hospedar. Então você vasculha os perfis que o site te mostra, escolhe os que te agradaram e inspiraram confiança, envia para eles a "solictação de sofá" e aguarda retorno.
Pronto. Simples assim!
Mas você deve estar se perguntando: "Como que terei certeza que a pessoa que virá para minha casa ou para casa quem irei não é uma mala sem alça? Ou como saberei se aquele perfil corresponde a uma pessoa real?" Aí entra em ação as seguranças existentes no site:
1) Ao se hospedar na casa de alguém ou hospedar alguém, você pode deixar um depoimento sobre a pessoa, dizendo se a experiência foi positiva, negativa ou neutra. Claro que quanto mais avaliado com experiências positivas, maior é a possibilidade da sua ser boa. Porém, vale a pena ler os depoimentos pois, como somos todos diferentes, algo que alguém havalia como bom, não necessariamente é bom pra você.
2) Você pode confirmar a sua identidade e o seu endereço. Ao fazê-lo, você está mostrando aos demais usuários que você é real. Para isso, você deverá fazer uma doação no valor mínimo de US$ 25,00 ao projeto via cartão de crédito. A confirmação do débito no cartão, confirma que aquele seu nome é verdadeiro. Após isso, site te enviará um cartão postal com um código. Ao registrar este código, você estará confirmando que o seu endereço é real.
3) Além das opções acima, as pessoas podem ser "atestadas" por outras. Este é um sistema que começou com os fundadores. À medida que iam viajando ou recebendo alguém, eles atestavam que aquele perfil correspondia a uma pessoa real. Cada usuário, ao ser atestado por 5 pessoas diferentes, também passa a ser capaz de atestar outros usuários. E com isso se forma uma corrente onde os próprios usuários vão dando credibilidade aos diversos perfis.
Se você buscar por pessoas que tenham tido experiências positivas, identidade e endereço confirmados e tenham sido atestada por outros, a possibilidade de sua experiência ser ruim é mínima.
Após a explicação de como funciona, vamos às minhas experiências.
Já hospedei em minha casa quatro estrangeiros:
- um casal (americano e comlombiana) que estavam em lua de mel de seis meses pela América do Sul
- um espanhol que veio cursar um período na USP e, após as aulas, resolveu viajar pelo Brasil
- uma americana que estava viajando por seis meses pelo Brasil
Cada experiência foi única e fantástica! A troca que se estabelece é incrível. Todos foram muito simpáticos e educados.
Durante a estadia do casal, nós mostramos Salvador, saímos para jantar, brincamos um dia no carnaval (que não gostaram, por sinal).
O espanhol veio durante as minhas férias. Fizemos um tour a pé do comércio, passando pelo Pelourinho até o Farol da Barra. O melhor de tudo é que nunca havia feito isso antes. O fato dele estar aqui me fez descobrir a cidade de um outro jeito. Ele me deu algumas dicas sobre fotografia, apresentei ele a alguns amigos, conversamos sobre os problemas sociais da Espanha e do Brasil. Nos demos tão bem que o convidei a retornar para o carnaval, o que ele aceitou. Aí já não pude dar tanta atenção, porém ele se virava sozinho.
A americana veio durante um período em que estava trabalhando. Assim, a interação já não foi tanta. Porém, admirei muito a coragem dela de viajar sozinha pelo Brasil. Sem contar que era muito simpática.
Agora, chegou a minha vez de experimentar o papel de viajante. No próximo mês de abril irei com Ju para os Estados Unidos. Passaremos por Miami, Nova York, Seattle e Riverside (próximo a Los Angeles).
Em Miami e Nova York ficaremos hospedados na casa de pessoas que encontramos pelo CouchSurfing.
Em seattle, ficaremos na casa do casal que hospedamos.
E em Riverside ficaremos hospedados na casa de uma "irmã" de intercâmbio (essa é outra história).
Tenho certeza que estas serão mais algumas experiências incríveis que terei para contar, numa próxima postagem.
Um grande abraço.
PS: Se quiser dar uma olhada no meu perfil no Couchsurfing acesse: http://www.couchsurfing.org/people/klebervr/
terça-feira, 15 de março de 2011
Bem vinda, Maria Eduarda
Ontem, 14/03/2011, estreou no show da vida, Maria Eduarda.
Junto com ela nasceu também um pai e uma mãe. Inspirado por tão avissareiro acontecimento, pus-me a refletir, quase que sem controle, a respeito do que deveria aguardar os novos pais. Assim, do alto da minha “vasta” experiência de 15 meses como pai (ou 24 se contarmos o período de gestação), gostaria de compartilhar algumas reflexões e dar algumas dicas ao meu velho amigo Cacá:
1)Quando estamos “grávidos” todos nos dão os parabéns. Dizem o quanto é maravilhoso termos um filho. E é verdade! A sensação é fantástica! Porém, o que não nos dizem, e quando sim o fazem de forma superficial, é o quanto nossas vidas mudarão a partir deste momento.
2)Dizem que ser pai é algo natural. Pura mentira! Não é! Ser pai é um processo contínuo de aprendizagem. A todo momento percebemos o quanto estamos despreparados para cuidar deste Ser Humano que adentrou em nossas vidas. Mas é um aprendizado gostoso, onde cada nova descoberta do bebê é uma descoberta dos pais.
3)As mulheres reclamam, com razão, do excesso de cobranças para que assumam de forma efetiva os seus cinco principais papeis sociais: mãe, esposa, trabalhadora, dona de casa (para não me crucificarem, repito que este é um papel esperado pela sociedade, não por mim) e mulher. Mas é mais fácil para a mulher assumir este novo papel, de mãe, do que para o homem assumir o papel de pai.
4)É preciso entender que a nossa sociedade, ainda muito machista, prepara as mulheres, desde criança, para assumirem estes papéis, por mais pesado que seja acumulá-los. Quanto aos homens, são ensinados que devem ser os provedores e que possuem uma liberdade diferenciada. Portanto, nosso comportamento reflete os valores sociais que absorvemos ao longo de nossa vida. E valores são extremamente difíceis de sem alterados. Via de regra, só se modificam a cada geração.
5)Porém, ao tomarmos consciência desse contexto, nós, homens, não devemos utilizá-lo para justificar nossa omissão no que se refere a assumir tarefas domésticas. É humanamente impossível para a mulher assumir tudo. Assim, temos sim que lavar, passar, limpar, cozinhar e fazer tudo que pudermos para aliviar a carga de responsabilidade sobre essa nova mãe.
6)Os primeiros dias, quando a amamentação precisa ocorrer a cada duas horas, é fundamental que o pai participe. Basta se colocar no papel de mãe e se imaginar dando de mamar, colocando para arrotar a cada duas horas durante a noite e ainda durante o dia ter que dar conta de arrumar as coisinhas do bebê, cuidar da casa, entre tantas outras atividades... Assim, à noite, é importante que, após a mamada, o pai coloque o bebê para arrotar para que a mãe possa descansar um pouco mais.
7)Tenha muita paciência! Especialmente nos dias em que esteja impaciente! O bebê vai chorar! E muito!
8)Leve-o regularmente ao pediatra. Se não for com a cara do pediatra, não tenha vergonha ou receio, mude imediatamente. É preciso que se estabeleça uma relação de confiança entre os pais e o pediatra. Afinal, será ele quem você procurará na hora do aperto.
9)Ouça atentamente o que sua sogra e sua mãe tem a dizer. Elas criaram você e sua espôsa e, possivelmente outras crianças. Mas nem sempre tudo que era certo na época em que elas cuidavam de bebês deve ser utilizado nos dias de hoje. Lembre-as que a medicina evolui com o tempo e, com isso, também se alteram os procedimentos.
10)Seu bebê ficará doente. É natural da vida. Porém com os devidos cuidados ele ficará bem. Fique atento a como ele chora, às caretas que ele faz, à sua disposição. Por ter maior proximidade com o bebê, as mães percebem melhor as mudanças no comportamento do bebê. Sempre ouça atentamente. Ela sabe o que está falando. Mas, acima de tudo, por mais difícil que seja, MANTENHA A CALMA. Na hora do aperto, o que o bebê menos precisa é de pai e mãe histéricos. E na dúvida, sempre vá ao seu hospital de referência.
11)Cumpra as recomendações do pediatra a risca. Afinal, ele se especializou no cuidado do bebê.
12)Quando as recomendações do pediatra não estiverem surtindo efeito, provavelmente as recomendações da sua mãe e/ou da sua sogra surtirão efeito.
13)Aproveito cada momento junto do seu bebê. Descubra as coisas junto com ele. Aproveite para repensar conceitos que lhe foram impostos e que agora pode decidir mantê-los ou não.
14)Dê banho, alimente quando for introduzido um outro alimento que não o leite materno, brinque, beije, abrace, sorria, faça careta, emita ruídos, enfim, tenha o máximo possível de contato com ele.
15)Ouça música e cante para ele. Não ligue se alguém te ver cantar e ache muito desafinado. O seu filho, com certeza, achará maravilhoso.
16)Converse. Conte como foi o seu dia. Quando estiver com ele no colo, ande pela casa e diga o que está fazendo. Mostre os objetos. Comente sobre o sol, a lua, as estrelas, os sons dos carros. Interaja. Isso vai estimular o desenvolvimento dele. E tenha certeza, por mais que ele não entenda o significado das palavras, ele saberá quando você está brigando, elogiando, sendo frio, sendo amável. E o que você falar, de alguma forma que não posso explicar, ficará armazenado no inconsciente. Assim, diga o quanto o ama e o quanto ele é importante para você. JAMAIS, repito, JAMAIS discuta na frente dele. Ele sentirá o que está acontecendo.
17)Estude a respeito do comportamento e psicologia infantil. Mas não se estresse querendo saber tudo. Leia de forma descompromissada e à medida que for se interessando por algo, vá aprofundando. Ninguém nasce pai ou mãe. É preciso aprender a sê-lo.
18)Converse com outros pais. É mais fácil para as mulheres porque já foram condicionadas a falar de bebês, quando brincavam de casinha. Porém insista no assunto com seus amigos. Alguns não terão nada a dizer, por serem pais ausentes, outros começarão meio tímidos, com receio de se expor como alguém que cuida da casa ou das crianças e outros falaram como verdadeiras mães. Compartilhe alegrias, pergunte como eles lidam com as dificuldades, ouça atentamente e filtre o que for interessante para você e seu bebê. Lembre-se: o que funciona para um pode não funcionar para outro. Mas vale apena se informar.
Bom, de forma despretensiosa, espero poder ter colaborado para que Maria Eduarda possa ter uma longa vida muito mais harmoniosa junto a seus pais!
Junto com ela nasceu também um pai e uma mãe. Inspirado por tão avissareiro acontecimento, pus-me a refletir, quase que sem controle, a respeito do que deveria aguardar os novos pais. Assim, do alto da minha “vasta” experiência de 15 meses como pai (ou 24 se contarmos o período de gestação), gostaria de compartilhar algumas reflexões e dar algumas dicas ao meu velho amigo Cacá:
1)Quando estamos “grávidos” todos nos dão os parabéns. Dizem o quanto é maravilhoso termos um filho. E é verdade! A sensação é fantástica! Porém, o que não nos dizem, e quando sim o fazem de forma superficial, é o quanto nossas vidas mudarão a partir deste momento.
2)Dizem que ser pai é algo natural. Pura mentira! Não é! Ser pai é um processo contínuo de aprendizagem. A todo momento percebemos o quanto estamos despreparados para cuidar deste Ser Humano que adentrou em nossas vidas. Mas é um aprendizado gostoso, onde cada nova descoberta do bebê é uma descoberta dos pais.
3)As mulheres reclamam, com razão, do excesso de cobranças para que assumam de forma efetiva os seus cinco principais papeis sociais: mãe, esposa, trabalhadora, dona de casa (para não me crucificarem, repito que este é um papel esperado pela sociedade, não por mim) e mulher. Mas é mais fácil para a mulher assumir este novo papel, de mãe, do que para o homem assumir o papel de pai.
4)É preciso entender que a nossa sociedade, ainda muito machista, prepara as mulheres, desde criança, para assumirem estes papéis, por mais pesado que seja acumulá-los. Quanto aos homens, são ensinados que devem ser os provedores e que possuem uma liberdade diferenciada. Portanto, nosso comportamento reflete os valores sociais que absorvemos ao longo de nossa vida. E valores são extremamente difíceis de sem alterados. Via de regra, só se modificam a cada geração.
5)Porém, ao tomarmos consciência desse contexto, nós, homens, não devemos utilizá-lo para justificar nossa omissão no que se refere a assumir tarefas domésticas. É humanamente impossível para a mulher assumir tudo. Assim, temos sim que lavar, passar, limpar, cozinhar e fazer tudo que pudermos para aliviar a carga de responsabilidade sobre essa nova mãe.
6)Os primeiros dias, quando a amamentação precisa ocorrer a cada duas horas, é fundamental que o pai participe. Basta se colocar no papel de mãe e se imaginar dando de mamar, colocando para arrotar a cada duas horas durante a noite e ainda durante o dia ter que dar conta de arrumar as coisinhas do bebê, cuidar da casa, entre tantas outras atividades... Assim, à noite, é importante que, após a mamada, o pai coloque o bebê para arrotar para que a mãe possa descansar um pouco mais.
7)Tenha muita paciência! Especialmente nos dias em que esteja impaciente! O bebê vai chorar! E muito!
8)Leve-o regularmente ao pediatra. Se não for com a cara do pediatra, não tenha vergonha ou receio, mude imediatamente. É preciso que se estabeleça uma relação de confiança entre os pais e o pediatra. Afinal, será ele quem você procurará na hora do aperto.
9)Ouça atentamente o que sua sogra e sua mãe tem a dizer. Elas criaram você e sua espôsa e, possivelmente outras crianças. Mas nem sempre tudo que era certo na época em que elas cuidavam de bebês deve ser utilizado nos dias de hoje. Lembre-as que a medicina evolui com o tempo e, com isso, também se alteram os procedimentos.
10)Seu bebê ficará doente. É natural da vida. Porém com os devidos cuidados ele ficará bem. Fique atento a como ele chora, às caretas que ele faz, à sua disposição. Por ter maior proximidade com o bebê, as mães percebem melhor as mudanças no comportamento do bebê. Sempre ouça atentamente. Ela sabe o que está falando. Mas, acima de tudo, por mais difícil que seja, MANTENHA A CALMA. Na hora do aperto, o que o bebê menos precisa é de pai e mãe histéricos. E na dúvida, sempre vá ao seu hospital de referência.
11)Cumpra as recomendações do pediatra a risca. Afinal, ele se especializou no cuidado do bebê.
12)Quando as recomendações do pediatra não estiverem surtindo efeito, provavelmente as recomendações da sua mãe e/ou da sua sogra surtirão efeito.
13)Aproveito cada momento junto do seu bebê. Descubra as coisas junto com ele. Aproveite para repensar conceitos que lhe foram impostos e que agora pode decidir mantê-los ou não.
14)Dê banho, alimente quando for introduzido um outro alimento que não o leite materno, brinque, beije, abrace, sorria, faça careta, emita ruídos, enfim, tenha o máximo possível de contato com ele.
15)Ouça música e cante para ele. Não ligue se alguém te ver cantar e ache muito desafinado. O seu filho, com certeza, achará maravilhoso.
16)Converse. Conte como foi o seu dia. Quando estiver com ele no colo, ande pela casa e diga o que está fazendo. Mostre os objetos. Comente sobre o sol, a lua, as estrelas, os sons dos carros. Interaja. Isso vai estimular o desenvolvimento dele. E tenha certeza, por mais que ele não entenda o significado das palavras, ele saberá quando você está brigando, elogiando, sendo frio, sendo amável. E o que você falar, de alguma forma que não posso explicar, ficará armazenado no inconsciente. Assim, diga o quanto o ama e o quanto ele é importante para você. JAMAIS, repito, JAMAIS discuta na frente dele. Ele sentirá o que está acontecendo.
17)Estude a respeito do comportamento e psicologia infantil. Mas não se estresse querendo saber tudo. Leia de forma descompromissada e à medida que for se interessando por algo, vá aprofundando. Ninguém nasce pai ou mãe. É preciso aprender a sê-lo.
18)Converse com outros pais. É mais fácil para as mulheres porque já foram condicionadas a falar de bebês, quando brincavam de casinha. Porém insista no assunto com seus amigos. Alguns não terão nada a dizer, por serem pais ausentes, outros começarão meio tímidos, com receio de se expor como alguém que cuida da casa ou das crianças e outros falaram como verdadeiras mães. Compartilhe alegrias, pergunte como eles lidam com as dificuldades, ouça atentamente e filtre o que for interessante para você e seu bebê. Lembre-se: o que funciona para um pode não funcionar para outro. Mas vale apena se informar.
Bom, de forma despretensiosa, espero poder ter colaborado para que Maria Eduarda possa ter uma longa vida muito mais harmoniosa junto a seus pais!
sábado, 31 de julho de 2010
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